Resenha: Em Chamas - Suzanne Collins
Resenha Por: Netinho Ribeiro
Coleção: Jogos Vorazes
Título Original: Catching Fire
Título Nacional: Em Chamas
Ano: 2011
Autor: Suzanne Collins
Páginas: 416
ISBN: 9788579800641
Nota: 5/5
Editora: Rocco
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Sinopse: Depois de ganhar os Jogos Vorazes, competição entre jovens transmitida ao vivo para todos os distritos de Panem, Katniss agora terá que enfrentar a represália da Capital e decidir que caminho tomar quando descobre que suas atitudes nos jogos incitaram rebeliões em alguns distritos. Dessa vez, além de lutar por sua própria vida, terá que proteger seus amigos e familiares e, talvez, todo o povo de Panem.
“Tick Tock… is a Clock”
Aqui estou. Finalmente. Fazendo a resenha de uma das melhores sequências de todo a década (que sabe de todos os tempos) e de uma das obras literárias mais inspiradoras e criativas que já li em toda a minha vida. Não posso negar de que Em Chamas é o melhor volume da coleção, apesar de alguns acharem que A Esperança é. Suzanne Collins retorna escrevendo a franquia Jogos Vorazes em seu segundo capítulo. Mais bravo, mais ultrajante e mais ousado do que o primeiro livro.
Após ganhar o 74º Jogos Vorazes, Katniss se torna um alvo da Capitol. Sua atitude nos jogos provocou um enorme caos nas regras e funcionalidades da Capitol, chamando total atenção do Presidente Snow. Mesmo sabendo disso, Katniss, por ordem de Haymitch, continua usando a desculpa de que o que fez foi por amor e se muda, com Peeta, para a Vila dos Vitoriosos, no Distrito 12. Mas, Katniss descobre que o que tinha feito nos jogos influenciou uma rebelião no Distrito 8. E o pior ainda está por vir. O terceiro Quarter Quell* terá como tributos, um casal de vencedores de todos os 12 distritos. Agora, Katniss irá tentar salvar Peeta na arena, mesmo que isso custe sacrificar a sua vida.
A primeira coisa que irei fazer nesta resenha é me levantar e bater palmas infinitamente para Suzanne Collins (podem imaginar eu fazendo isso, rs). Como havia citado na resenha do primeiro livro, a escritora prova seu talento e imaginação de nível extraordinário nesta verdadeira obra prima. Primeiro por criar essa história maravilhosa, que é Jogos Vorazes. E segundo é a grande reviravolta do livro, qual eu citei em vermelho antes da resenha (você pode não entender agora, mas isso é uma peça chave para o enredo da história e os tributos que já leram irá entender completamente). Mesmo a devida arrogância da autora em dizer que Jogos Vorazes iria ser melhor do que Harry Potter no lançamento do primeiro livro, não tira a excelência desta franquia. Suzanne constrói uma história estupenda de proporções cinematográficas sensacionais ao criar o Quarter Quell. E a desenvoltura que se expõe ao resto do livro é de deixar sem palavras.
A dramatização dos personagens em si também é digna de aplausos. Quando Katniss percebe aos poucos que terá que enfrentar Snow e toda a Capitol, seus sentimentos são aqui mostrados com uma sensibilidade obscura e sensível. E o que dizer de Cinna? Esse personagem sempre me cativou por sua “queda” por Katniss. Ele fora o primeiro a ficar do lado de Katniss quando ela achava que estava sozinha durante sua primeira vez nos Jogos. E aqui, graças a ele e a Suzanne, as partes de apresentação de Katniss estão maravilhosas. Nunca que eu ou alguém no mundo iria pensar em criar um vestido de noiva que ao girá-lo, transformara-se em um vestido negro com asas! Asas! A-S-A-S! Nada mais divo do que Katniss e Cinna juntos (pena que ele... Esquece!)
A crítica à sociedade também não para. O que começava no primeiro livro fica mais grave aqui. Rebeliões e revoltas é o que não falta daqui para frente, levando a morte a várias pessoas de todos os distritos. A Capitol nunca foi tão controladora. E isso não podia continuar. As situações que acontecem ao longo do livro devido a essa revolta que Katniss provocou com as bagas/amora-cadeado/nightlock (como quiser) no primeiro livro são de cair o queixo! Quando o livro acaba você sente um vazio tão grande (até por que depois desse, A Esperança não tinha como ser um livro melhor, e não foi). Suzanne desenvolve uma trama repleta de adrenalina, ação e um infarto atrás do outro, para os mais fracos (rs).
Afinal, quem não se apaixonou pelo livro, ou pelos personagens, ou pela Suzanne, procure um especialista imediatamente, por que é uma situação quase impossível. Nunca vi um livro que prendesse tanto e só soltasse com as últimas (chocantes, surpreendentes, tristes e depressivas) palavras que encerra uma obra sensacional. E nota: Não sei por que mas percebi que iniciei todos os parágrafos com a letra "A"...
*Comemoração dos Jogos Vorazes, que acontece a cada 25 anos, trazendo uma edição especial dos Jogos para os cidadãos de Panem