Crítica: Percy Jackson e o Mar de Monstros
Título Original: Percy Jackson: Sea of Monsters
TÍtulo Nacional: Percy Jackson e o Mar de Monstros
Ano: 2013
Gênero: Aventura
Gênero: Aventura
Distribuidora: Twentieth Century Fox Film
Nota: 7,0/10
Sinopse: Percy Jackson (Logan Lerman) e seus amigos Annabeth (Alexandra Daddario) e Grover (Brandon T. Jackson) levam uma vida normal no Acampamento Meio-Sangue, apesar de Percy sentir falta do pai, Poseidon, que nunca mais manteve contato. Um dia, o local é atacado por um monstro enviado por Luke (Jake Abel), que consegue romper a proteção mágica do acampamento. Com o local em perigo, Percy e os amigos partem em uma aventura em busca do velocino de ouro, um objeto místico que pode revitalizar a árvore mágica responsável pela proteção do acampamento. O que eles não esperavam era que Jake estaria atrás do mesmo objeto, já que deseja trazer à vida o poderoso Cronos, derrotado por Zeus, Poseidon e Hades há milênios atrás.
Não há palavras suficientes no mundo para
explicar o quanto estive esperando por esse filme. Não por que assisti o
primeiro (que, aliás, é totalmente descartável). Mas, sim por que sou um
verdadeiro meio-sangue e já li todos os livros da saga Percy Jackson e os Olimpianos. Nesta crítica, irei deixar esse meu
lado semideus de lado e julgar este filme como um crítico cinematográfico. Mas,
isso não quer dizer que irei simplesmente deixar toda a decepção de lado.
A franquia de adaptações de Percy Jackson iniciou em 2009, quando a
Twentieth Century Fox anunciou que iria levar a história do filho de Poseidon
para os cinemas. Quando estreou em 2010, O
Ladrão de Raios até que conquistou o público de certa forma, mas, não
agradou os fãs. Logo, Percy se tornou um símbolo de sorte, justamente por ter
sua sequência confirmada. Outras franquias como Eragon, As Crônicas de
Spiderwick e A Bússola de Ouro,
fizeram feio, e tiveram que ser engavetadas.
Na continuação, Percy Jackson (Logan Lerman, As Vantagens de Ser Invisível) tem que lutar contra seu inimigo de
longa data, Luke Castellan (Jake Abel, A
Hospedeira), quando o mesmo envenena a árvore de Thalia, um pinheiro
poderoso que mantém o Acampamento Meio-Sangue protegido contra monstros e
criaturas. O único jeito de salvar a árvore é com o Velocino de Ouro, um tipo
de pele de carneiro mágica, que consegue dar a vida tudo que lhe é tocado.
Infelizmente, o Velocino se encontra na ilha de um perigoso ciclope, Polifemo
(com a voz de Ron Perlman, Hellboy),
que vive no Mar de Monstros. Ao mesmo tempo, seu amigo sátiro, Grover (Brandon
T. Jackson, Vovó... Zona 3 – Tal Pai, Tal
Filho) é sequestrado e levado para essa ilha. Para conseguir salvar o
acampamento, a árvore e Grover, Percy e Annabeth (Alexandra Daddario, O Massacre da Serra Elétrica – A Lenda
Continua) se juntam à Tyson (Douglas Smith), um ciclope jovem que é na
verdade meio-irmão de Percy e Clarisse (Leven Rambin, Jogos Vorazes), que ele odeia. Mas é então, que eles se deparam com
um plano maior e maligno de ressuscitar Cronos, o lorde dos titãs que voltar à
vida para se vingar dos Olimpianos.
O filme possui ótimos efeitos especiais. Sempre moderados à sua
situação, eles conseguem deixar um toque maravilhoso de fantasia no filme.
Cenas como o ataque do touro de bronze ao acampamento ou a reconstrução de
Cronos no final, ficaram muito bem feitas. O elenco do filme está razoável.
Assim como no primeiro filme, Logan Lerman, Alexandra Daddario e Brandon T.
Jackson retornam como Percy, Annabeth e Grover (respectivamente). O único que
não conseguiu chamar minha atenção foi Lerman. Ele é um ótimo ator e mostra seu
potencial em As Vantagens de Ser
Invisível ou até mesmo no filme anterior. Mas nesse, ele parece meio
distraído ou coisa do tipo. Pelo menos, em minha opinião. A escalação de
Douglas Smith, que interpreta o ciclope Tyson não foi satisfatória para mim. O
ator é muito amador, e mesmo tendo um destaque com o único olho do seu
personagem, quase passa despercebido na sua atuação. Alexandra está ótima, como
sempre. Eu quase não consegui prestar atenção no filme com seus grandes olhos
azuis.
Em meio a piadinhas para descontrair e ação sem limites, o filme e seus
personagens conseguem se sustentar durante os 100 minutos de projeção. Admito
que algumas cenas poderiam ter sido melhores se tivessem um pouco mais de
trabalho nelas, mas, outras chegam até mesmo, te tirar o fôlego. Mas, como todo
filme, esse não consegue fugir dos clichês. Em alguns trechos do filme, podem
se notar uma forte roteirização nos diálogos. O forçado relacionamento entre
Percy e Tyson não funciona de jeito nenhum, apesar de tamanho esforço. Não
queria soltar essa, mas, seria melhor se os produtores e roteiristas tivessem
lido o livro mais uma vez. Outra coisa que detestei foi o pouco da Clarisse.
Amo a personagem e gosto de como ela zoa Percy, mas ela ficou com muito pouco
espaço no filme. Assim como Polifemo. Ele poderia ter sido trabalhado melhor e
poderiam até ter introduzido a parte do livro em que Annabeth o engana sendo
“Ninguém”. Para quem não sabe, esse fora o truque que Ulisses usou para fugir
do ciclope em seu confronto (segundo os mitos). Geraria uma cena bastante
engraçada.
Felizmente, o filme consegue se sair bem em alguns aspectos e produz uma
aventura divertida e sensacional, que pode até conquistar algum público jovem
(que já não tenha lido o livro) a se juntar aos meios-sangues espalhados pelo
mundo.