Crítica: Doce Vingança 2
Crítica Por: Netinho Ribeiro
Título Original: I Spit On Your Grave 2
Título Nacional: Doce Vingança 2
Ano: 2013
Gênero: Terror
Distribuidora: Paris Filmes
Nota: 5/10
Sinopse: A Naturalmente bela, Katie se mudou para Nova York para tentar a
carreira de modelo. Mas o que começa como uma simples e inocente sessão
de fotos, logo se transforma em algo perturbadoramente impensável!
Estuprada, torturara e seqüestrada em um país estrangeiro, Katie é
enterrada viva e deixada para morrer. Contra todas as probabilidades,
ela consegue escapar. Gravemente ferida, ela vai ter de se aventurar nos
lugares mais escuros da psique humana, não só para sobreviver, mas para
executar seu plano de vingança.
“Nenhum tribunal do mundo
poderá condená-la”
Entre os fãs de filmes de terror, um longa da década de 70 conseguiu se destacar em alguns pontos. O quase desconhecido A Vingança de Jennifer contava a história de Jennifer Hills, uma escritora que para terminar seu último romance, resolve alugar uma casa de campo para finalizar seu trabalho com calma. Mas três homens decide ataca-la na casa, estuprando e torturando Jennifer. É então que depois de muita luta, Jennifer consegue escapar da morte. Mas, quando ela volta, decide vingar seu sofrimento nos três homens que transformaram a vida dela em um inferno.
Foi então que em 2010, um remake foi produzido, intitulado aqui no Brasil de Doce Vingança. Sua qualidade quase alcançava o original, fazendo ele se estabelecer entre um dos melhores filmes de terror de 2010. O filme tem um ótimo roteiro que consegue controlar a tensão e a violência em uma hora e meia. Agora, em 2013, uma sequência do remake foi lançada, diretamente para o home vídeo. Isso fez de alguma forma, alguns fãs do original ou do remake hesitarem já que, a fama de continuações lançadas diretamente para o home vídeo é de serem péssima qualidade.
Na sequência, Katie (JemmaDallender) é uma jovem modelo que procura uma oportunidade em Nova York. Após uma sessão de fotos um pouco turbulenta, com uma discussão com os fotógrafos búlgaros Ivan (Joe Absolom), Georgy (YavorBaharoff) e Nicolay (AlexsandarAleksiev), Katie volta para casa só para encontra o doente Georgy, que a violenta e a estupra. Sem saberem o que fazer, Ivan e Nicolay a dopam. Quando acorda, Katie descobre que não está mais em Nova York, mas na Bulgária. A partir daí, Katie é torturada cruelmente pelos irmãos até finalmente conseguir fugir. Mas, para o azar dos irmãos, Katie está planejando uma violenta vingança.
Este segundo filme segue a premissa do primeiro, mudando somente alguns aspectos e a maior parte do final. Então, irei comparar cada característica do primeiro com o segundo. No primeiro filme, nos é apresentada Jennifer (Sarah Butler), uma escritora que acaba sendo atacada por quatro homens que a torturam e a estupram antes de tentar mata-la e ela conseguir fugir. Já no segundo, Katie é somente estuprada e dopada no seu apartamento em Nova York. Quando é mandada para a Bulgária, Katie é estuprada novamente, humilhada, dopada, eletrocutada, espancada e enterrada, para finalmente fugir. Já dá pra notar uma diferença.
Uma coisa que não gostei foi o excesso de nudez, que vai da Jemma até dois atores do filme. Enquanto Jemma passa grande parte do filme despida na sala em que a deixam, os atores Joe Absolom e YavorBaharoff, o Ivan e o Georgy aparecem nus em algumas cenas do filme (esse último em questão de segundos). Mas, para o Joe/Ivan, foi até que necessário para a morte do personagem, que só para constar, foi um dos pontos mais fortes do filme, já que me fez senti um pouco de pena.
Sem dúvidas, Katie sofre mais do que Jennifer. O que acho que foi uma boa jogada dos roteiristas. Enquanto no um, senti um pouco de pena e remorso por Jennifer e os caras. No dois, senti litros, quilos e quilômetros por Katie e nojo total pelos caras, que só para constar é uma família mas, isso é um detalhe que você deveria descobrir sozinho (rs). Apesar de ser novata, Jemma, a Katie, é uma boa atriz. Ela consegue transmitir a dor infinita de sua personagem até sua bendita vingança.
Mas, a sequência não consegue superar nem o primeiro, nem o remake. Você pode perceber que a armadilha da personagem para pegar seus “inimigos” é a mesma: chegar de fininho por trás e bater na cabeça com alguma coisa. É, em algumas partes, copiador e bem clichêzinho, mas, tem que receber seu mérito nas cenas de tortura de Katie, por que pelo visto foram bem trabalhadas e isso conseguiram melhor do remake e do remake (pelo menos para mim).
Enfim, Doce Vingança 2 é um filme razoável, porém desnecessário.Para quem gosta de um filme de terror com tortura, vingança e muita dor, ele é o filme certo, assim como o primeiro e o remake. Tem um roteiro forte, mas, se desconstrói um pouco no final. Mas consegue te dar o nojo na medida certa, já que esse é a verdadeira razão do filme existir. É chocar, é ser polêmico e muito, muito nojento.