11 agosto, 2013

Crítica: Mama



Crítica Por: Netinho Ribeiro
Título Original: Mama
Título Nacional: Mama
Ano: 2013
Gênero: Suspense
Distribuidora: Universal Pictures
Nota: 9/10



Sinopse: Há cinco anos, as irmãs Victoria (Megan Charpentier) e Lilly (Isabelle Nélisse) desapareceram da sua vizinhança sem deixar vestígios. Desde então, seu tio Lucas (Nikolaj Coster-Waldau) e sua namorada Annabel (Jessica Chastain) têm procurado por elas. Mas quando, incrivelmente, as crianças são encontradas vivas em uma decrépita cabana, o casal se pergunta se as meninas são os únicos hóspedes que eles receberam em sua casa. À medida que Annabel tenta apresentar às crianças uma vida normal, ela começa a se convencer que existe uma presença maligna em sua casa.


"Mama é uma ótima experiência, que não via desde O Chamado, mesmo com suas falhas e clichês"

      Guillermo Del Toro é um dos nomes mais respeitados de Hollywood atualmente, com ótimos filmes em seu currículo como (Mutação, Labirinto do Fauno e Círculo de Fogo), e não era à toa que Mama estava sobre muita pressão. Todos estavam com uma grande expectativa, inclusive eu. Baseado em um curta espanhol de 3 minutos, Mama conta a história de duas garotas que após ficarem durante 5 anos desaparecidas, são finalmente encontradas. Desacostumadas com uma vida civilizada, as meninas demoram a se adaptar ao novo ambiente. Apesar, de terem ficados sozinhas durante os cinco anos, as meninas afirmam que uma mulher chamada "Mama" cuidou delas, e que para os médicos, Mama é somente uma forma das meninas compreender o que aconteceu anteriormente. Infelizmente, para seu tio Lucas (Nikolaj Coster-Waldau) e sua namorada Annabel (a premiada Jessica Chastain), Mama é mais que uma mãe imaginária, mas sim uma entidade fantasmagórica muito ciumenta que mataria para "salvar a vida de suas filhas".
      Tendo como produtor, Guillermo Del Toro, o filme desenvolve uma história mais que sombria e fantasiosa, bem ao estilo dele. E esse é um dos ótimos feitos do filme. O clima é bastante tenso e pesado e em algumas cenas em particular chega a ser divertido. Sustos são garantidos e o tema do amor da mãe é muito bem trabalhado. Esse tema é introduzido na estória como verduras escondidas em comidas gostosas para crianças. Usando o afeto e ciúmes de Mama no meio do roteiro. Quem sabe se não fosse um fantasma assustador, Mama poderia ser uma ótima babá (rs). Outra grande sacada foi eliminar o personagem masculino da história, deixando-o em segundo lugar, e dando o prêmio para Jessica, que interpreta maravilhosamente Annabel, uma rockeira não muito aberta mas, que vai se deixando levar com o carinho das meninas, que procuram um porto seguro nela. Um dos únicos problemas do longa é o excesso de CGI! Meu deus do céu, pra que tanto gente? Se tivesse um pouco menos, ficaria perfeito. Mas, é tanto CGI que meus olhos sangraram (...)!
      O grande destaque no filme, além de Guillermo Del Toro e Jessica Chastain, é Megan Charpentier e Isabelle Nélisse (as garotinhas do filme), que conseguem mostrar uma bravura e inocência simultaneamente. A atuação das duas é impressionante. Principalmente Megan que interpreta Victoria, a irmã mais velha. Há pouco tempo em Hollywood, Megan é uma ótima atriz para sua idade, sendo já confirmada no sexto e último capítulo de Resident Evil.
      Tornando-se um sucesso, tanto de crítica quanto de bilheteria, Mama é uma boa experiencia visual que não via desde O Chamado, mesmo com suas falhas e clichês.