Crítica: João e Maria - Caçadores de Bruxas
Crítica Por: Netinho Ribeiro
Título Original: Hansel and Gretel - Witch Hunters
Título Nacional: João e Maria - Caçadores de Bruxas
Ano: 2013
Gênero: Terror / Comédia
Distribuidora: Paramount Filmes
Nota: 8,9/10
Sinopse: 15 anos após o traumático incidente envolvendo uma casa feita de doces João (Jeremy Renner) e Maria (Gemma Arterton) formam uma dupla de impecáveis caçadores de bruxas, que migram pelo mundo procurando e matando tais seres malignos. Porém, ao se depararem com o que parecia ser apenas mais uma investigação, os irmãos se vêm encurralados por lembranças de um passado doloroso.
"É sujo, violento e engraçado. Um dos melhores filmes do ano"
Nos últimos anos, pode se perceber de que Hollywood
vem dando uma versão dark a uma fábula infantil, adicionando elementos adultos
que vem alcançando cada vez mais sucesso nas telonas. Dentre produções como A Garota da Capa Vermelha (a.k.a.
Chapeuzinho Vermelho) e Branca de Neve e
o Caçador, a aposta de 2013 foi a dupla, João e Maria. Adicionando muita
violência e humor negro, o filme foi lançado nos cinemas e quase que não se
sustentava com uma bilheteria um pouco abaixo do esperado, mas cativou o
público que o assistiu, proporcionando divertidíssimos momentos.
Na história, após quase serem mortos por uma bruxa,
João (Jeremy Renner, o Gavião Arqueiro de The
Avengers: Os Vingadores) e Maria (a belíssima Gemma Arterton de Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo)
tornam-se caçadores de bruxas, viajando pelo país atrás das vilãs. Mas, quando em um pequeno
vilarejo, crianças começam a desaparecer como se estivesse seguindo um plano,
João e Maria se vêem com um mal poderoso: a bruxa Muriel (Famke Jenssen, a Jean
Grey da trilogia X-Men).
Se você pensa que esse filme é mais um blockbuster em
3D ideal para assistir com seus filhos, você está TOTALMENTE enganado. Admito
que haja certo exagero na violência, mas, o filme consegue entreter o público
durante a projeção. É muito nojento e as bruxas parecem ter saído de um jogo de
Silent Hill. As armadilhas que os
dois colocam são geniais como na cena em que três bruxas estão fugindo e acaba
passando por fios de aço colocados estrategicamente entre duas árvores,
fatiando-as em pedacinhos.
O elenco é formidável, criando um carisma com o
público em poucos minutos, principalmente Renner e Arteton, que desempenham
dois papéis que parecem ter sido escrito para os mesmos. Gemma, com certeza,
foi quem me chamou mais atenção. Usualmente, em filmes com esse naipe de
violência, protagonistas femininas costumam ser frágeis e sensíveis. Um dos
pontos altos do filme é esse. Ele quebra o estereótipo da fragilidade feminina,
nos apresentando a uma personagem valente e corajosa que enfrenta situações
assustadoras bravamente, se tornando mais homem que o próprio João (kkkk, não,
mas é verdade!). É sujo, violento e engraçado. O filme é cheio de surpresas e
vai e voltas sangrentas que chega a ser, às vezes engraçadas e críticas, como o
troll chamado Edward (que lembra
muito o de Crepúsculo) que acaba
criando um afeto por Maria.
A alguns a coisa pode ser diferente, mas em minha
opinião, João e Maria: Caçadores de
Bruxas conseguiu alcançar o meu rank dos melhores filmes de 2013, por
razões que já listei acima competindo com Invocação
do Mal, Meu Malvado Favorito 2 e
o ainda inédito Jogos Vorazes: Em Chamas
(Bitches please, esse filme vai ser perfeito).