28 janeiro, 2014

Resenha: O Último Olimpiano - Percy Jackson e os Olimpianos, Vol 5

Quer saber quem é o Último Olimpiano? Não crie muita expectativa.


Resenha por Netinho Ribeiro

      Finalmente, cheguei nos “finalmentes” desta saga. Criada em meados dos anos 2005/06, a coleção Percy Jackson e os Olimpianos foi um sucesso total quando o primeiro livro foi lançado, firmando um novo ídolo bibliográfico para todos os leitores infanto-juvenis.

  

ü  O Ladrão de Raios conquistou jovens e adultos de todo o mundo, tendo a primeira adaptação cinematográfica em 2010, porém, muito inferior ao livro.
ü  O segundo livro, O Mar de Monstros (ou o meu preferido, se assim gostar), foi muito melhor do que seu antecessor, superando-o.
ü  AMaldição do Titã foi uma premissa mais sombria a franquia, como O Prisioneiro de Askaban fora para Harry Potter. Infelizmente, não superou “O Ladrão” nem “O Mar”. Porém, tem seus méritos.
ü  Já o quarto livro, A Batalha do Labirinto fora uma exímia continuação, chegando aos pés de O Mar de Monstros (senão à mesma altura).

      No quinto, e último livro da coleção, Percy Jackson finalmente irá batalhar contra o Senhor do Tempo, Cronos, que agora está no corpo de Luke, e todo seu exército de monstros. Para isso, ele terá que contar somente com a ajuda do Acampamento Meio-Sangue, já que os olimpianos estão tentando deter a fúria de Tifão. Enquanto Nova York está dopada sobre o poder de Morfeu, Percy só pode defender a ilha de Manhattan, e esperar para o ataque final.
     

“... O trânsito estava parado. Os pedestres encontravam-se caídos nas calçadas ou enroscados nos vãos das portas (...) Era como se todas as pessoas de Nova York houvessem simplesmente decidido parar o que quer que estivessem fazendo e apagar.
- Estão mortos? – perguntou Silena, atônita. (...)
- Mortos, não – disse – Morfeu pôs a ilha de Manhattan inteira para dormir. A invasão começou.


      O que se espera de um desfecho de uma saga de aventura, é um grande livro, repleto de ação e mortes inesperadas (convenhamos que isso é verdade). Lembro-me de que quando fui ler A Esperança, último livro da trilogia Jogos Vorazes, senti uma decepção, não enorme, porém significativa. E meio que senti a mesma coisa quando li O Último Olimpiano.
      [SPOILERS] O livro tem pontos fortes, como: A presença do espião no grupo é revelada na morte de Silena, quando eles descobrem que ela foi seduzida por Luke, para poder informar os planos do Acampamento. Porém, durante um ataque de drakon, Silena se passa por Clarisse, se sacrificando para matar o monstro e automaticamente, limpando seu nome. Ou o melhor: a profecia dos 16 anos. Eu não irei contar quem é que morre, apesar de que se você analisar bem poderá descobrir...
      Outra coisa que eu simplesmente achei genial foi a história de May Castellan, mãe de Luke, que é inserida neste livro. Rick soube coordenar cada fio da história de Luke, se tornando um dos pontos altos do livro.


“... – Eu nunca, mas nunca vou facilitar as coisas para você, Cabeça de Alga. Acostume-se a isso. – Diz Annabeth.
Quando ela me beijou, tive a impressão de que meu cérebro estava se derretendo e escorrendo pelo o corpo.”


      Agora, os fracos: O “Último Olimpiano”? O título do livro chega ser até ridículo dado às circunstâncias do livro. [SPOILERS] O Último Olimpiano é Héstia, por que todos os olimpianos estavam lutando contra Tifão, e ela ficou no Olimpo, alimentando o fogo da lareira. Odiei isso! .Toda a batalha ficou muito monótona. Tinha uma coisinha, e eles paravam para conversar. Aí aparecia um monstrinho, eles matavam e voltavam a conversar. Daí vinha um grupo de monstros por um rio, e eles iam lá e matavam. E foi isso. Foi essa fórmula. Achei que isso foi uma derrapada no livro. A ação simplesmente não foi satisfatória para mim.
      Mas, a pior coisa desse livro foi Tifão. Na página 69, você poderá encontrar um sonho de Percy: nele, ele vê duas pinturas que Rachel fez. A primeira é de Luke, com nove anos. A outra era do Empire State Building, onde o Olimpo fica, com um exército cercando-o. No fundo, uma tempestade forte se forma, com uma imensa mão saindo dela. Acho que podemos supor de quem seja essa mão.
      Achei que o Tifão foi muito mal aproveitado. Tio Rick poderia ter colocado ele chegando ao Empire State, e destruindo vários prédios, para sim, poder ser morto. Foi isso que me revoltou. Rick ficou muito penoso nesse termo. Desfechos de sagas tem que ter destruição. E Nova York ficou basicamente ilesa e intocada, se não fosse por uma ponte derrubada.
     

“... A imagem ali era ainda mais perturbadora. Mostrava o Empire State Building cercado por raios. A distância, uma tempestade escura se formava, com uma imensa mão saindo das nuvens. Na base do edifício havia uma multidão... mas não era uma multidão comum de turistas e pedestres. Eu via lanças, dardos e estandartes – os acessórios de um exército.”



      Enfim... O Último Olimpiano simplesmente não foi o livro que eu esperava como fim da primeira coleção. O segundo livro, O Mar de Monstros continua sendo o melhor livro da franquia, seguido por A Batalha do Labirinto. Porém, caso vocês não criarem expectativas, pode ser que se divirta. Mas ainda assim, O Mar de Monstros é melhor.