Resenha: O Último Olimpiano - Percy Jackson e os Olimpianos, Vol 5
Quer saber quem é o Último Olimpiano?
Não crie muita expectativa.
Resenha por Netinho Ribeiro
Finalmente, cheguei nos “finalmentes”
desta saga. Criada em meados dos anos 2005/06, a coleção Percy Jackson e os Olimpianos foi um sucesso total quando o
primeiro livro foi lançado, firmando um novo ídolo bibliográfico para todos os
leitores infanto-juvenis.
ü O
Ladrão de Raios conquistou jovens e adultos de todo o mundo, tendo a primeira adaptação
cinematográfica em 2010, porém, muito inferior ao livro.
ü O segundo livro, O Mar de Monstros (ou o meu preferido, se assim gostar), foi muito
melhor do que seu antecessor, superando-o.
ü AMaldição do Titã foi
uma premissa mais sombria a franquia, como O Prisioneiro de Askaban fora para
Harry Potter. Infelizmente, não superou “O
Ladrão” nem “O Mar”. Porém, tem
seus méritos.
ü Já o quarto livro, A Batalha do Labirinto fora uma exímia
continuação, chegando aos pés de O Mar
de Monstros (senão à mesma altura).
No quinto, e último livro da coleção,
Percy Jackson finalmente irá batalhar contra o Senhor do Tempo, Cronos, que
agora está no corpo de Luke, e todo seu exército de monstros. Para isso, ele
terá que contar somente com a ajuda do Acampamento Meio-Sangue, já que os
olimpianos estão tentando deter a fúria de Tifão. Enquanto Nova York está
dopada sobre o poder de Morfeu, Percy só pode defender a ilha de Manhattan, e
esperar para o ataque final.
“... O trânsito estava parado. Os pedestres encontravam-se caídos nas
calçadas ou enroscados nos vãos das portas (...) Era como se todas as pessoas
de Nova York houvessem simplesmente decidido parar o que quer que estivessem
fazendo e apagar.
- Estão mortos? – perguntou
Silena, atônita. (...)
- Mortos, não – disse – Morfeu pôs a ilha de Manhattan inteira para
dormir. A invasão começou.”
O que se espera de um desfecho de uma
saga de aventura, é um grande livro, repleto de ação e mortes inesperadas
(convenhamos que isso é verdade). Lembro-me de que quando fui ler A Esperança, último livro da trilogia Jogos Vorazes, senti uma decepção, não
enorme, porém significativa. E meio que senti a mesma coisa quando li O Último Olimpiano.
[SPOILERS]
O livro tem pontos fortes, como: A presença do espião no grupo é revelada na
morte de Silena, quando eles descobrem que ela foi seduzida por Luke, para
poder informar os planos do Acampamento. Porém, durante um ataque de drakon, Silena se passa por Clarisse, se
sacrificando para matar o monstro e automaticamente, limpando seu nome. Ou
o melhor: a profecia dos 16 anos. Eu não
irei contar quem é que morre, apesar de que se você analisar bem poderá
descobrir...
Outra coisa que eu simplesmente achei genial foi a história de May Castellan,
mãe de Luke, que é inserida neste livro. Rick soube coordenar cada fio da
história de Luke, se tornando um dos pontos altos do livro.
“... – Eu nunca, mas nunca vou
facilitar as coisas para você, Cabeça de Alga. Acostume-se a isso. – Diz
Annabeth.
Quando ela me beijou, tive a impressão de que meu cérebro estava se
derretendo e escorrendo pelo o corpo.”
Agora, os fracos: O “Último Olimpiano”? O
título do livro chega ser até ridículo dado às circunstâncias do livro. [SPOILERS] O Último Olimpiano é Héstia,
por que todos os olimpianos estavam lutando contra Tifão, e ela ficou no
Olimpo, alimentando o fogo da lareira. Odiei
isso! .Toda a batalha ficou muito monótona. Tinha uma coisinha, e eles
paravam para conversar. Aí aparecia um monstrinho, eles matavam e voltavam a
conversar. Daí vinha um grupo de monstros por um rio, e eles iam lá e matavam.
E foi isso. Foi essa fórmula. Achei que isso foi uma derrapada no livro. A ação
simplesmente não foi satisfatória para mim.
Mas, a pior coisa desse livro
foi Tifão. Na página 69, você poderá
encontrar um sonho de Percy: nele, ele vê duas pinturas que Rachel fez. A
primeira é de Luke, com nove anos. A outra era do Empire State Building, onde o
Olimpo fica, com um exército cercando-o. No fundo, uma tempestade forte se
forma, com uma imensa mão saindo dela. Acho que podemos supor de quem seja essa
mão.
Achei que o Tifão foi muito mal
aproveitado. Tio Rick poderia ter colocado ele chegando ao Empire State, e
destruindo vários prédios, para aí
sim, poder ser morto. Foi isso que me revoltou. Rick ficou muito penoso nesse
termo. Desfechos de sagas tem que ter destruição. E Nova York ficou basicamente
ilesa e intocada, se não fosse por uma ponte derrubada.
“... A imagem ali era ainda mais perturbadora. Mostrava o Empire State
Building cercado por raios. A distância, uma tempestade escura se formava, com
uma imensa mão saindo das nuvens. Na base do edifício havia uma multidão... mas
não era uma multidão comum de turistas e pedestres. Eu via lanças, dardos e
estandartes – os acessórios de um exército.”
Enfim... O Último Olimpiano simplesmente não foi o livro que eu esperava
como fim da primeira coleção. O segundo livro, O Mar de Monstros continua sendo o melhor livro da franquia,
seguido por A Batalha do Labirinto.
Porém, caso vocês não criarem expectativas, pode ser que se divirta. Mas ainda
assim, O Mar de Monstros é melhor.