08 abril, 2014

Crítica: 300 - A Ascenção do Império





Quem nunca ouviu o já classico bordão de Gerard Butler em 300: "Isso é Esparta!"? Pois é. Após o grande filme de Ridley Scott, Gladiador, somente 300 conseguiu chegar perto dos pés dele, até porque, nenhum outro filme de guerra épico foi capaz de alcançar tanta aclamação pela crítica. Baseado nos quadrinhos de Frank Miller, 300 é o típico filme épico que te dá vontade de rever. Agora, a Warner lança - com muitos atrasos - sua continuação, A Ascenção do Império.


O novo capitulo da épica saga criada por Frank Miller leva a ação a outro tipo de campo de batalha, o mar, à medida que o general grego Temístocles (Sullivan Stapleton) busca unir a Grécia ao liderar um exército naval que tentará mudar o rumo da guerra. Lutando contra as grandiosas forças Persas, lideradas por Xerxes (Rodrigo Santoro) e a vingativa sátrapa e comandante Artemísia (Eva Green).


Dirigido por Noam Murro, 300: A Ascensão do Império é somente um show de 2 horas de água, guerra, câmera lenta e chroma-key. Do início ao fim, o filme se preocupa mais em mostrar os atores sem camisa, o sangue estilo quadrinhos e até mesmo a nudez de Eva Green.
Até por que, Eva é a única que consegue mostrar sua atuação no filme, já que Rodrigo Santoro aparece em menos cenas do que esperado e Lena Headey só mostra importância no final, que solta um gancho para um terceiro filme, que com certeza será produzido, já que o filme arrecadou uma bilheteria milionária.


O filme utiliza o mesmo estilo cinematográfico do anterior, o chroma-key com efeitos especiais para dar semelhança a uma história em quadrinhos. Porém, este não chega nem aos pés de 300, apesar da história que poderia ter rendido um ótimo filme, se não fosse pelo exagero do diretor.
O roteiro é tratado com descaso e poderia ter sido trabalhado melhor. A atuação do ator principal, Sullivan Stapleton, que faz Temistócles, é precária, deixando todo o foco para Eva Green, que carrega o filme todo nas costas com sua ótima atuação no papel da cruel Artemísia.


Em sumo, A Ascenção do Império é só mais um filme que foi feito para lucrar, desprezando o trabalho do roteiro e nos entregando um show de efeitos especiais - que em algumas cenas são meio desleixados - que poderia ter tido o mesmo nível de superioridade do antecessor, porém, se você não for muito exigente, pode até ter uma diversão condicionada.